12.1.07

o primeiro conto

Procurou a caneta preta em cima da secretária e desencantou-a no fundo da carteira, já com pouca tinta, mas com o vício de mão que só uma caneta com meses de uso consegue ter. Pequenina e firme no traçado grosso, como que a disfarçar as dúvidas de quem escreve.
Rabiscou os costumeiros quadrados e figurinhas geométricas no canto da folha branca e sorriu. Assim só. Sem mais nada. Sorriu por estar viva. Por estar sol. Por ter os olhos abertos e gostar de marcar datas no calendário.

1 comentário:

marta carreiras disse...

tenho tantas saudades tuas assim de repente...!

marta do vi