12.2.08

os lugares comuns são como os bilhetes de época

Estão reservados e têm o nosso nome escrito. Sabemos que é asneira cair outra vez na tentação, mas voltamos a fazer o investimento. E ai de quem nos tente chamar à razão. Somos senhores do nosso nariz e daqui não saio daqui ninguém me tira.
Às vezes gostava de ser um bocadinho menos previsível. O tédio de nós mesmos é uma coisa tramada, sobretudo quando o empurramos para cima de quem só peca por nos querer bem. Tenho para mim que 30 anos a fazer-me gente me deixam ao nível da infância: um toque de mão momentâneo e vai-se a torre de Legos que demorou uma tarde a construir. Embrulham-se-me as palavras e racionalizo o que de tão simples só pode ser bom. O bloco dos pros and cons está trancado na gaveta da secretária. Dá-me agora um minuto para limpar os lugares comuns e já volto a ser eu. Eu que (por tua causa!) ando a aprender a ser muito melhor de mim. XXXX

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