13.6.08

13 de Junho de 1888

Há bem mais de uma década que sei de cor a tua data de nascimento. Primeiro por obrigação das aulas de literatura, depois porque te tornaste presença constante na minha vida.
Baralhaste-me o sistema com a riqueza das tuas palavras. Ao provares-me que ser múltiplo pode ser um dom. Ao dares nome ao que nunca seria capaz de identificar sem ti.
Construíste-me andaimes, foste popularucho e patriota, mandaste as normas passear com um tal de engenheiro e deixaste-me eternamente apaixonada pelo mais mal-amado dos teus eus. Ensinaste-me que o chocolate se mistura com tudo (sobretudo com metáforas!) e foste e continuas a ser muito exigente comigo: 'põe quanto és no mínimo que fazes'.
Fazes hoje 120 anos. Parabéns mestre.

11.6.08

dos livros (2)

"I would not like to live in a world without cathedrals. I need the luster of their windows, their cool stillness, their imperious silence. I need the deluge of the organ and the sacred devotion of praying people. I need the holiness of words, the grandeur of great poetry. All that I need. But just as much I need the freedom and hostility against everything cruel. For the one is nothing without the other. And no one may force me to choose."

Night train to Lisbon
Pascal Mercier
pp. 171/172