5.6.05

Alvará

No rescaldo bom de um fim-de-semana que adormeceu e acordou de olhos postos no mar, ficaram a cumplicidade dos medos, da solidão, da dúvida: virá?

Virá
Trocando olhares, dando o que falar
Sedenta e meiga quando me encontrar
Cruzando mares só pra me abraçar
Cruel sem dor, seja quem for
Essa pessoa vai me condenar
Vai me prender, me investigar
Me confiscar pro amor
Interrogar de amor
Me confinar no amor
Alimentar de amor
Meu alvará de amor
Quando então quiser me libertar

Que liberdade?
Faz minha vontade
E deixa como está

Jorge Aragão

1 comentário:

mar disse...

mais coincidências. acabei o fim-de-semana também a ouvir estas palavras. lindo! lindo e lindo!