Sussurras-nos aos ouvidos com o quebrantar de voz que é tão teu. No embalar do carro já é noite e há uma ponta de melancolia entre todos. Há silêncios, há o fumo do cigarro pontual, a viagem que corre sem pressas, o sono de um dia. Mais um. Amanhã vai estar calor outra vez. Vou lembrar-me de tudo, de todos os exemplos com que me vais apontando o caminho sem dar por isso. Conheces-me bem as manhas. Só lá vou com o exemplo, não é? Nada de teorias... Ver para crer. Quem está de fora é que vê a diferença... Será mesmo? Tu nem vais dar por isso, confia em mim... De olhos fechados? Sabes confiar de outra maneira? Não. Então de que é que tens medo? Tenho mesmo que te responder? Talvez já esteja na hora de saberes a resposta... E se eu ficar triste com o que descobrir? Estás a andar à volta de ti mesma e continuas sem me responder... Desculpa... Dá-me a tua mão. Levas-me contigo? Queres vir? Onde vamos? Não sei... escolhe tu agora.
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