30.8.05

'Passaste e segredaste-me: - Vem!'

Escrevo sobre aquilo que sei à partida que não conseguirei contar. Escrevo de coração cheio, profundamente agradecida e pacificada. Escrevo com um enorme sorriso na cara, as mãos cheias de pequeninos golpes, o corpo cansado e feliz.
Sinto que pela primeira vez na minha vida a entrega foi total. E da entrega veio a dádiva imensa das cumplicidades, do serviço, da partilha de um projecto, de espaços em comum, angústias, silêncios tantos. Na gratuidade que só aqui reconheço, estreitei laços nos passos que dei em volta de Ti, porque de mim fazes parte.
Não contei as estrelas do céu, nem as chamei pelo seu nome, mas percebi que só assim faz sentido.
É este o Teu caminho e é por aqui que quero caminhar.

1 comentário:

Anónimo disse...

E ficamos assim com a alma lavada a sabão azul mais que o corpo... Porque as gentes e os sítios implantam-se na nossa substância e deformam-nos, fazem-nos ser aquilo que somos... E é nesta rede de relações que somos todos cerzidos. OBRIGADA por poder dizer isto porque o senti... SARA*