8.10.05

apostar-me

Foi a saudade do teu braço
e o olhar que já da tua luz me dói
trabalhei sem dar pelo cansaço
horas extraordinárias, foi
um dia que passou num furacão
um furacão que se amainou, só
quando aparte o amor eu me vi só
atirando a moeda ao ar
diz-me que cara ou coroa eu vou ganhar
diz-me quanto eu fiz bem em me apostar
e que bem fiz em ter por necessárias
as horas extraordinárias

E assim que volto ao meu lugar
reencontro com dor e prazer
o coração que fiz falar
à máquina de escrever a ver
ela a dar corda à máquina de amar
e um coração a se amainar só
quando aparte o amor eu me vi só
atirando a moeda ao ar
diz-me que cara ou coroa eu vou ganhar
diz-me quanto eu fiz bem em me apostar
e que bem fiz em ter por necessárias
as horas extraordinárias


Esta noite, aos primeiros sons da viola não houve fuga com um boa noite dito no correr da pressa.
Não me encostei ao jipe a olhar para as estrelas.
Não chorei.
Hoje adormeço no Teu abraço e prometo que não me volto a esquecer de dar corda à máquina de amar.

2 comentários:

Quilas disse...

;)

clarisca disse...

e que não esqueçamos do bem que nos fazem as horas extraordinárias.... mais uma vez, obrigada.